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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Novidades

Já que se passaram mais de 4 anos desde a minha última postagem neste blog, resolvi fazer um pequeno "update", até para manter o blog ativo. Nesses últimos anos o blog teve mais de 13.000 acessos, curiosamente, a maioria sendo dos Estados Unidos, mas seguido de perto por Brasil.  Na totalidade teve acessos de quase 100 países diferentes.

Nesses últimos anos tenho me mantido razoavelmente ocupado através da minha empresa de consultoria, Carruthers Consulting, que tem realizado diversos trabalhos relacionados a hotelaria.  Consequentemente tenho me mantido a par do andamento do mercado hoteleiro carioca, e, principalmente, das dificuldades enfrentadas pela hotelaria nestes dois últimos anos.  

Quando me lembro da nossa euforia e alegre no momento que a cidade do Rio de Janeiro foi escolhido como sede dos Jogos Olímpicos em outubro de 2009, e quando vejo os resultados dos últimos dois anos, é impossível sentir uma decepção maior.  Em 2009, estávamos convencidos que a oportunidade de sediar os Jogos Olímpicos de 2016, apenas dois anos após a realização da Copa do Mundo em 2014 seria a consolidação definitiva da imagem da cidade do Rio de Janeiro como um destino turístico de classe mundial, e uma garantia de sucesso continuo por mais 20 anos.

Em vez disso, vejo a hotelaria carioca atravessando uma das piores e mais prolongadas crises de sua história, com vários hotéis fechados e outros a beira da falência.  Me entristece, particularmente, saber da recuperação judicial de Hotéis Othon, a casa que, em boa parte, me formou para a hotelaria, e permitiu que eu tivesse a carreira que tive.  O fechamento de dois dos seus hotéis mais icônicos, o Bahia Othon Palace e o Belo Horizonte Othon Palace - ambos eu tive o privilegio de gerenciar na década de '70 quando eles estavam no auge do seu sucesso - também entristece.

Quanto ao Copacabana Palace, não obstante ao fato que continuo mantendo um excelente e carinhoso relacionamento com a diretora, Andrea Natal, além de outros executivos, não posso deixar de perceber que eu tive a sorte de ter estado lá no melhor período possível, quanto pertencia ao grupo Orient-Express que tinha um dono carismático e poderoso na pessoa de James Sherwood no comando.  Sherwood não era perfeito, mas, na minha opinião, era muito melhor trabalhar para ele do que para a fria estrutura corporativa que o sucedeu. Hoje eu vejo uma companhia muito diferente de Orient-Express, chamado Belmond, que é uma empresa publica, sem um único dono, cheio de normas e controles centrais, usando sempre os mesmos "buzz- words" da moda para descrever sua evolução, e que agora mesmo está conduzindo um "strategic review" nos destinos da companhia,  o que significa que está considerando a venda da companhia como um todo, ou até alguns hotéis separadamente. 

Enfim, a vida passa e as coisas mudam.  Apesar de tudo, não sou tão pessimista quanto ao futuro.  Vejo, por exemplo, um início de uma recuperação no movimento nos hotéis cariocas. É uma recuperação ainda tímida, mas já é alguma coisa positiva.  O novo governo tem citado o turismo como uma atividade importante para a retomada da economia e o crescimento da oferta de empregos, assim como o novo governador.  Para que o turismo dê certo é imprescindível, como certamente todos já estão cansados de saber, que a primeira coisa que tem que acontecer é uma melhora sensível na segurança pública.  Não haverá futuro para o turismo na cidade sem resolver a questão de segurança pública, isso é muito óbvio!

Daqui para frente pretendo dar continuidade a esse blog, emitindo opiniões sobre hotelaria e turismo em geral sempre que considero oportuno.  Agradeço o apoio recebido dos meus leitores assíduos, e fico grato em receber quaisquer críticas e/ou comentários sobre o conteúdo das postagens.  












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