Um dos problemas que
enfrentamos quando adquirimos o hotel em 1989 era a confusa ligacao entre o
prédio principal e o Restaurante Pérgula, que era um corredor estreita e
sinuosa que iniciava ao lado do Concierge e passava em frente ao Central
Telefônico, e ao lado do Restaurante Bife de Ouro, ate chegar defronte da
entrada do Bar do Copa e do Restaurante Pérgula, e dai para a piscina do
hotel. Os hospedes, por sua vez, para
acessar a piscina, desciam nos elevadores para o sub-solo, e dai passavam num
corredor de serviço que dava acesso a cozinha central, ate chegar no
“Balneario”, e dai acessar a piscina. O
Sherwood estava determinado a encontrar uma solucao melhor e encomendou aos
architectos um projeto que visava ter um corredor ligando o prédio principal
diretamente a piscina. Para viabilizar
este novo corredor na área social foi preciso rebaixar o corredor de serviço e
criar um novo acesso de serviço para a cozinha.
Foi uma obra difícil e custoso, mas a melhoria na circulacao para os
hospedes foi notável, e hoje em dia e difícil imaginar o Copa sem este corredor. Uma
das consequencias da obra e que inviabilizou o acesso dos hospedes a piscina
através do sub-solo. Inicialmente pensou-se em criar um elevador exclusivamente
para os banhistas, mas mais tarde esta ideia foi abandonada por questões de “economia”,
mas o poco do elevador continua la.
Uma outra “obra” que o
Sherwood estava determinado a realizar foi a construcao de uma quadra de tênis
no telhado do prédio do teatro, e que e acessado a partir do primeiro andar do
prédio principal. A contrucao dessa
quadra exigia um grande investimento em relocacao dos torres de resfriamento de
ar condicionado, tubulacoes, e diversos
outros equipamentos pesados para liberar a área necessária para a quadra. Alem disso, tinha que reforçar a estrutura em todo a área. Nada disso entretanto detinha Sherwood. A quadra seria construída, custe o que custar,
e foi isso que aconteceu! Me lembro que
o orçamento original para a construcao da quadra era de US$250 mil, e quando o
custo real passou de US$600 mil, os engenheiros responsáveis passaram a
contabilizar o custo em outra conta,de forma que ninguém sabe ao certo qual foi
o custo real. De qualquer forma, a
quadra ficou muito boa, embora pouca utilizada pelos hospedes do hotel. Numa inspeccao das obras realizados no hotel
alguns meses apos a inauguracao da quadra, o Sherwood e outros diretores de
Londres admiravam a quadra quando o Diretor Financeiro do grupo virou para mim
e perguntou “tem muita gente que Joga?”. Antes que eu pudesse responder o Sherwood fuzilou o diretor com
seus penetrantes olhos azuis e lhe disse, asperamente, “That’s not the point!!!” Depois disso, sempre que alguem me fazia esta
mesma pergunta, eu respondia “That’s not the point!”, e o fato e que o
Copacabana Palace e o único hotel em Copacabana/Ipanema/Leblon que possui uma
quadra de tênis. That’s the point! Recentemente, a quadra foi utilizada para um torneio de veteranos da ATP, com a participacao de Mats Wilander, Thomas Enqvist, e Henri Leconte, entre outros, e isto criou uma mídia muita boa e positiva para o hotel. Boa parte da imprensa especializada de tênis se referia a "nova" quadra do Copacabana Palace, mas a verdade e que a quadra já existe há mais de 20 anos.
E um belo dia de verão, caiu um verdadeiro toró, as bolinhas de argila expandida que ficavam nesses canteirinhos laterais às quadras, antes das grelhas sobre as calhas que deviam escoar as águas pluviais, foram levadas por essas aguas e taparam as grelhas e como resultado, se o Meridien tinha a cascata de fogos no Reveillon, o Copa teve uma verdadeira cascata descendo as escadas do segundo andar até à Recepção!!
ResponderExcluirO corredor a que vc se refere iniciava exatamente ao lado do concierge. E ao lado era a sala de meu pai que tinha uma porta que dava naquele corredor de serviço. Abs
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