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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Deixando Othon

Após a passagem por Fortaleza, fui logo designado  para tirar as ferias do gerente-geral do Bahia Othon, o que me obrigava  novamente ficar longe de casa.  Somando o tempo passado em Maceio, com o tempo passado em Fortaleza, e agora mais um mês em Salvador, significava que nos últimos cinco meses eu havia passado três meses e meio longe de casa.   O pior era que, com a nova estrutura administrativa existente no  Escritório Central, a função que eu ocupava de Superintendente de Operacoes – Área Sul  não fazia mais sentido, dai eu ser usado como um espécie de “coringa” para cobrir algum buraco quando surgia a necessidade.  Manifestei mais uma vez a minha insatisfacao com a situação para a Diretoria da companhia, mas nada indicava que iria surgir alguma mudança.  Fui para Salvador, feliz, por um lado, em poder voltar para Bahia, mas infeliz com os rumos da minha carreira e determinado a buscar novos desafios para o futuro.  Queria, de preferência, voltar a dirigir  um grande hotel de cinco estrelas, pois eu já sabia que nada e tão gratificante para um hoteleiro do que ficar a frente de um grande hotel, e a experiência de ter ficado um ano no Escritório Central de  Hotéis Othon  apenas confirmava este pensamento.  Felizmente, não demorou muito para surgir uma boa oportunidade, e no final de Julho aceitei um convite   para ingressar no Grupo Quatro Rodas, para ser Diretor Gerente do Hotel Quatro Rodas em Olinda, Pernambuco – um hotel de 200 apartamentos e classificado pela Embratur com cinco estrelas.  Apresentei meu pedido de demissão do Othon enquanto ainda me encontrava em Salvador, e no final de Agosto de 1982 deixei o grupo Othon para ingressar no grupo Quatro Rodas.  Na minha despedida, um dos diretores do Othon me disse, “Nao posso acreditar que você esta deixando o Othon para entrar no grupo Quatro Rodas, se você fosse para o Rio Palace, eu ate entenderia, mas para o grupo Quatro Rodas????”,  “Pois e”, eu respondi  “mas como e o Quatro Rodas que me ofereceu um emprego, e não o Rio Palace, eu não tenho escolha, mas pelo menos no Quatro Rodas eu sei muito bem o que eu terei de fazer,o que não e o caso aqui no Othon”    Nem um de nos sonhava naquele momento que apenas um ano e quatro meses após esta conversa, eu estaria deixando o Quatro Rodas para assumir justamente o Rio Palace.  Mas isto e conversa para depois.

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